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Como lidar com o luto?

Imagem de uma família se abraçando para ilustrar o blog como lidar com o luto

Como lidar com o luto é uma pergunta que muitas pessoas fazem ao enfrentar a perda de alguém querido. O luto é um processo natural, porém doloroso, que envolve diferentes emoções e reações ao longo do tempo.

Conhecer suas fases e aprender estratégias para cuidar de si mesmo, assim como apoiar pessoas próximas, pode ajudar a enfrentar esse momento de maneira mais saudável e consciente.

Neste texto, você vai descobrir formas de enfrentar o luto com mais compreensão e acolhimento.

O que é o luto?

Para profissionais de saúde, o luto é o conjunto de sentimentos, sensações e comportamentos que surgem diante de uma perda.

Embora seja mais comum em casos de morte, ele também pode acontecer em outras situações, como em uma demissão, no término de um relacionamento ou em mudanças na vida.

Além da tristeza, outros sentimentos podem surgir, como raiva e negação, variando de pessoa para pessoa.

Essas emoções se alternam e são vividas de forma individual, influenciadas pelo contexto de vida, crenças e religião, família e vínculo afetivo estabelecido.

Entender o que é esse sentimento é o primeiro passo para saber como lidar com o luto de forma mais consistente.

Principais características do luto

Tristeza

Talvez o sentimento mais conhecido do luto, surge da ausência de quem partiu, do vazio que se sente ou da impotência diante da perda.

Culpa

Pode surgir quando a pessoa sente que poderia ter feito algo diferente para evitar a perda.

Medo e ansiedade

Podem aparecer diante da incerteza sobre o futuro ou da dificuldade em lidar com a ausência do ente querido.

Problemas no sono

Podem se manifestar como pensamentos acelerados à noite, insônia ou sono agitado, refletindo a tensão emocional.

Alterações no apetite

O luto pode fazer com que algumas pessoas comam menos, enquanto outras passam a comer mais, como uma forma de lidar com a dor.

Sintomas físicos

Dores de cabeça, cansaço, tensão muscular e outros sinais podem aparecer devido ao impacto emocional do luto.

As 5 fases do luto

Em sua obra “Sobre a Morte e o Morrer”, a psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross descreveu o luto em 5 estágios ou fases.

Essas fases se tornaram popularmente conhecidas em filmes, livros e na ficção em geral como uma forma de mostrar como lidar com o luto.

São elas: negação, raiva, barganha, depressão aceitação.

Conheça cada uma:

Negação

Neste primeiro momento, é comum que surjam os seguintes pensamentos: “isso não aconteceu”, “deve haver algum erro”, “não faz sentido isso”.

Funciona assim: a pessoa não aceita o que aconteceu porque isso ajuda a diminuir a dor naquele momento.

É um alívio imediato, uma espécie de proteção inconsciente até que se consiga entender a perda e compreender como lidar com o luto.

Raiva

Você já percebeu como essa emoção aparece em momentos que a dor é muito grande? É comum ouvir frases como: “isso não é justo”.

Esse sentimento de injustiça e indignação faz parte da raiva, que pode ser direcionada a outras pessoas, como médicos ou familiares, e até mesmo à pessoa que se foi.

A raiva surge porque a perda parece injusta. Perguntas como “por que isso aconteceu na minha família?” são formas de expressar a dor e a revolta diante do que aconteceu.

Barganha

Esse sentimento surge do desejo de negociar com a dor da perda, como se fosse possível reverter a situação.

Na prática ocorre assim: a pessoa pensa que, se prometer algo ou mudar seu comportamento, poderá “negociar” uma mudança no que aconteceu.

É como se dissesse: “se eu agir de outra forma, talvez isso não tivesse acontecido”. A barganha mostra a vontade de ter controle diante de algo que, na verdade, não pode ser mudado.

Depressão

Tristeza profunda, solidão e isolamento marcam essa fase. É quando a ausência é sentida com mais intensidade e a dor da perda fica mais clara.

Nesse momento, pode surgir desânimo, falta de motivação e dificuldade até para realizar as tarefas do cotidiano como tomar banho, se alimentar, trabalhar, dormir.

Aceitação

A aceitação é vista como o último estágio do luto. É o momento em que a pessoa começa a se adaptar à vida sem a pessoa que partiu.

Isso não quer dizer que a perda foi esquecida ou superada. Significa que, apesar da dor, a pessoa está aprendendo a conviver com ela.

Esse processo pode abrir espaço para novas formas de viver e para ressignificar a perda, encontrando caminhos para seguir em frente.

É importante lembrar que as fases do luto não seguem uma ordem fixa. Cada pessoa sente o luto de maneira única, podendo passar pelos estágios e fase em diferentes momentos e combinações.

Como lidar com o luto na prática?

Na psicanálise, teoria desenvolvida por Sigmund Freud, o luto é visto como um processo lento e doloroso, caracterizado principalmente por um sentimento constante de tristeza.

É o que escreve em sua obra Luto e Melancolia (1917).

Durante esse período, é comum que a pessoa enlutada se afaste e perca interesse pelo mundo ao seu redor.

Enfrentar o luto exige elaborar a perda, ou seja, aceitar a ausência e aprender a conviver com ela, um processo complexo que requer tempo e paciência.

Algumas estratégias podem ajudar como lidar com o luto e a tornar essa experiência mais suportável.

Conheça algumas delas:

Faça um ritual de despedida

Como tornar a despedida mais concreta e real? Para o antropólogo franco-holandês Arnold van Gennep, os rituais, como os funerais, têm um papel essencial.

Eles ajudam as pessoas a atravessar mudanças significativas na vida. Foi a partir dessa ideia que ele desenvolveu o conceito de ritos de passagem.

Os rituais dão forma concreta à experiência da perda e ajudam a torná-la mais compreensível.

Essa despedida pode acontecer de diferentes maneiras: em uma cerimônia formal de sepultamento ou cremação, em uma homenagem íntima ou até na criação de um espaço de memória pessoal.

Dessa forma, o ritual se transforma em um recurso simbólico que permite expressar sentimentos, dar sentido à separação e viver o luto de maneira mais consciente.

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Estabeleça uma rede de apoio

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross explicou em sua obra que a escuta atenta e o apoio de familiares, amigos ou profissionais ajudavam como lidar o luto de forma menos solitária.

Por isso, estar conectado com outras pessoas é parte essencial desse processo. Amigos, familiares ou grupos de apoio podem oferecer acolhimento com a escuta, compreensão e companhia.

Conversar sobre a perda, compartilhar memórias ou simplesmente ter companhia ajuda a diminuir o sentimento de isolamento e mostra que não é preciso enfrentar o luto sozinho.

Dê espaço para as emoções

Freud ressaltou que o luto exige que a pessoa entre em contato com os sentimentos ligados à perda, mesmo que sejam dolorosos.

Se essas emoções forem reprimidas, o processo pode ficar interrompido. Por isso, é importante permitir-se sentir tristeza, raiva ou saudade sem se julgar.

Esse movimento é essencial para que o luto siga seu curso e a vida possa, pouco a pouco, se reorganizar. Um passo primordial em como lidar com o luto.

Crie novas rotinas

Com o tempo, quem está de luto precisa reconstruir sua vida e encontrar novas maneiras de seguir sem a presença de quem partiu.

Em Luto e Melancolia (1917), Freud explica que, aos poucos, a energia emocional antes ligada à pessoa que faleceu deve ser redirecionada.

Criar novas rotinas ajuda nesse processo, abrindo espaço para novos vínculos, experiências e maneiras de viver o dia a dia.

Cuide da saúde física e emocional

Pesquisadores e psiquiatras britânicos que estudaram o luto, como Bowlby e Parkes, destacaram que um luto complicado pode causar consequências físicas e emocionais, como fadiga, insônia e depressão.

Por isso, cuidar do corpo e da mente é fundamental: hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, sono regular e prática de exercícios, ajudam a proteger contra esses efeitos e a facilitar a recuperação.

Caso necessário, busque acompanhamento terapêutico

Quando emoções são intensas ou difíceis de lidar, o acompanhamento terapêutico oferece um espaço seguro para expressar sentimentos e elaborar a dor da perda.

Pesquisas mostram que a terapia auxilia a pessoa enlutada a compreender e organizar suas emoções, prevenir complicações e retomar gradualmente o bem-estar, sendo um apoio para quem precisa aprender como lidar com o luto.

Proteja quem você ama

Embora o luto seja inevitável, você pode garantir que quem fica tenha suporte nos momentos mais delicados, sem precisar se preocupar com burocracias e custos inesperados.

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